Sobre o Dízimo e a teologia da prosperidade
Possuímos um entendimento que o conceito de Dízimo nada mais é do que uma porcentagem exigida ao povo judeu que não se transfere como mandamento para a igreja. Acredita-se que é um bom padrão para se guiar naquilo que o Novo Testamento ressalta: As colaborações voluntárias.
No entanto, é necessário compreendermos que dar ou não o dízimo, resguardar ou não os 10%, não é a estrutura sobre a qual se sustenta a fé cristã, e que o equívoco fundamental da teologia da prosperidade é a transação com Deus por meio do Dízimo, e não o Dízimo em si.
Deste modo, acreditamos que as palavras de Paulo em Romanos 14.4-6 também podem se aplicar a tal situação: “Quem és tu que julgas o servo alheio? […] Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente.”
Em outras palavras, as pessoas devem parar de condenar de ímpio todos os pastores que abordam a questão do Dízimo, bem como deve-se cessar o julgamento de infiel àqueles que ofertam de forma generosa seus Dízimos.
De acordo com registros antigos, na palavra de Deus, que antecipam a Lei Cerimonial e Judicial do Povo Judeu, aparece que oferecer dez por cento das posses (o Dízimo) era uma prática religiosa vistas de forma positiva aos devotos de Deus, além de se considerada uma forma de reconhecimento e adoração.
Neste trecho de Jacó (Gn 28.20-22) podemos ler a sua compreensão, bem como o seu voto a Deus: “Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo e me guardar neste caminho que vou seguindo, e me der pão para comer e vestes para vestir, de modo que eu volte em paz à casa de meu pai, e se o Senhor for o meu Deus, então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”.
Também é possível encontrar na Bíblia diversos textos que falam sobre a questão das contribuições, o Dízimo, que liga o conceito de bênçãos materiais sobrevindas de Deus, com o reconhecimento da doação como adoração.